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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Educar uma Arte que se Ensina com Amor...


Rubem Alves tem o dom de fazer das palavras e das idéias brinquedos e instrumentos divertidos para transmitir conhecimentos. Deste modo ele fala de uma educação que perpassa todo o universo humano. Ensina que o verbo educar deve ser conjugado com o amor e paixão.
Sobre seu interesse pela educação brasileira, o próprio Rubem irá nos comunicar através desta entrevista.



Revelação: Como se desenvolve a sensibilidade dos educadores e educandos?
Rubem Alves:
 Através da literatura. O conselho que eu daria é ler literatura. Na minha área de psicanálise é muito importante conhecer a alma humana, e o conhecimento vem não é da leitura de Freud, ela ajuda, mas na medida que buscamos a literatura, então se descobre o drama da existência humana, vivida com todas as suas dores e alegrias. 


Revelação:Que conselho o senhor daria aos novos educadores? 
Rubem Alves:
 Que a educação é absolutamente apaixonante. Paixão para uma vida. Em primeiro lugar eu diria que eles se considerem afortunados por serem tocados por esta vocação. Segunda coisa, é preciso que amem as crianças. Freqüente-mente os professores têm a preocupação com um programa. Meu filósofo favorito, Nietzsche, dizia que o verdadeiro educador é aquele que leva a sério questões relacionadas com seus alunos, inclusive a si mesmo. Logo a preocupação do educador não pode ser com o programa, deve ser com o aluno, e por isso, ele deve ter um olho para cada aluno, porque está lidando com ser humano e não com o número para exame.   
   A primeira tarefa do educador é seduzir o aluno para o fascínio do seu objeto. Se ele não for seduzido não terá vontade de aprender. A Adélia Prado, uma grande pedagoga dizia, "não quero faca e nem queijo, eu quero é fome". Significa que a primeira tarefa é fazer o aluno ter fome do que você pretende ensinar.
 



"Educar é crescer. E crescer é viver. Educação é, assim, vida no sentido mais autêntico da palavra”.



"Às vezes alguns alunos me agradecem pela nota da prova...
mas não sou eu quem "dou" ou "tiro" nota, apenas registro o
rendimento deles por meio de símbolos.
São eles, os alunos, que decidem se querem estudar, se dedicar,
aprender mais e a nota registrada pela minha pessoa é apenas
um símbolo para quantificar ou mensurar seu esforço."




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